Olhando sua silhueta ininterruptamente, de repente fui pega de surpresa pelos seus olhos que encontraram os meus por um milésimo de segundo, pois automaticamente meu olhar se dirigiu à outro ponto fixo, minhas mãos. Ele saiu do corredor de prateleiras e foi à mesa assinar o seu nome para levar um livro, acho que de física ou matemática, bem, ele sempre fora estudioso o meu menino. Vendo-o de costas mais uma vez deixou-me preparada para qualquer vacilo, mas eu queria muito aproveitar sua presença e novamente contornei todo o seu corpo, desde seus cabelos caramelados até os seus tênis rasgados.
Ele saiu da biblioteca, o sinal tocou em seguida, era hora de voltar a realidade e ir para a minha sala, assistir a mais uma aula chata. Mas eu sabia que não me importaria com mais nada aquela manhã, só lembraria do encontro de meus olhos com o céu incrustado nos dele, céu que inundou meu dia.
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