Carolina C.

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Sou influenciada a escrever por tudo o que ouço,toco,vejo,sinto e leio. E por lembranças também, portanto a autoria é das projeções do meu mundo.

domingo, 29 de agosto de 2010

Medos

Se você tem medo do escuro, enfrente-o, durma no escuro de seu quarto à meia noite. Deixe sua mente dissipar no preto, e imagine cenas coloridas nesse cenário obscuro. Foi assim que superei este medo e todos os medos bobos que eu tinha. Foi enfrentando, dando a cara a tapa que diminui minha timidez, comecei a assistir filmes de terror, a vestir as mais ridículas roupas, a gritar quando injustiçada, a dizer te amo para alguém, mesmo que fosse no papel.
Me sinto como uma cavaleira com a armadura de ferro pesado e grosso e capacete de cobre, me protegendo das preconceituosas críticas. E montada num cavalo arco-íris, viajo no sonho, no diferente, em todo o meu mundo sem medos.

Mundo


Por mais que eu relute e diga que odeio esse mundo, nos momentos mais delirantes, sempre ao mesmo sentimento de conformismo. Não um conformismo ruim, mas um conformismo justo, semelhante à compreensão. Bem este é o meu mundo, as pessoas ao meu redor são assim como eu: medrosas, felizes, depressivas, corajosas...Eu estou entre elas, é impossível dizer que odeio pessoas e que odeio esse mundo nos meu momentos de raiva. Sou disso e serei disso até não sei quando.

Your pain doesn't kill me anymore


The wail of your pain
Almost kills me, everyday
You try hide to me what's happening
But I know, I can tell it

Day to day, doesn't make difference
Seems like that doesn't exist
just exist a bad thought
In a black hole, at least to me

And the spirits in the air
Are around us, look there
Don't see that they aren't meat?
They are together, with you and me
Free to fly, now you can do this

until reach the shine
And finaly, your pain will run
Then we will arrives in the sun

I'm not more idiot


You look at me, and think I'm idiot

You look at me, and think I'm idiot

You look at me, and think I'm idiot

I'm not, not, not idiot


I believed in you

When you weren't wrong

And the color in the sky

wasn't brown


You made everything

To gonna be all right

But seens that the life

Took you and used a knife


You can read the dictionary

And you'll find what kind

man you were

And how you made me hurt


I wanna know

Do you still have pride?


Maybe the things that we really did and do

These things when I loved you

Deserve be something real

But until now, these aren't still


So I guess, that was just a dream

Probaly, you don't know what I mean

So I explain, making a screen

"NOW AND AFTER, YOU ARE NOTHING TO ME!"


You look at me, and think I'm idiot

You look at me, and think I'm idiot

You look at me, and think I'm idiot

I'm not, not, not idiot


To my surprise, what did you say?

That my life is bored with him

Are you jealous? Or something?

Because our history finished like a cury


He is different, a good man

He give me gifts and many lands

He treat me how must be

It's like I'm princess or a queen


What I remember about you

Is how we were so poor

I was unhappy with my life

Because you really, really were my life


To put a end in this fight

I tell you: "Now I'm sunshine"

Woman are like stones

Until they stop to fall in holes

Diabo da manada

O filhote da manada
Assustado correu
Estava fugindo da ira
Do lobo que lhe mordeu

Sua mãe falecera
Dilacerada pelos dentes brancos
do assassino, que comera
todos os maternos flancos

E agora, o medo paira no ar
As patas gritam de dor
O diabo chega à tempo
De começar o seu terror

Liliam e seu ballet da vida...

I

Ela dança maravilhosamente bem e seu nome é Liliam. A professora a chama de Isvlana, um nome russo, deve ser ou foi de alguma bailarina de sucesso. Leila é fascinada pelo ballet russo, não tem uma aula em que ela não fale do seu passado glorioso na Rússia, quando apenas era uma aluna. Liliam e Leila, nomes parecidos, essa relação aluna professora não é normal, é mais do que tudo que sei descrever, é impossível descrever.

Leila é rígida e extremamente arrogante com suas alunas, e é mais ainda com Liliam. A malévola professora grita, bate os pés, cospe na nossa cara e chega a chorar quando não conseguimos fazer o que ela pede. Ela acredita que quanto mais se exigir de Liliam, melhor bailarina ela será. Por causa dessa brutalidade, as pernas e pés de Liliam sofrem e incham mais a cada aula, que é longa e exaustiva.

Apesar do que sofre, Liliam é a melhor do grupo e nada a detém, nem o cansaço ou as manchas roxas em seu corpo. Seu corpo não é humano, é leve como pássaro mas forte como besouro, sendo leve e forte, seu corpo consegue voar e dançar ao mesmo tempo. Para completar sua perfeição, Liliam possui uma beleza incomparável, humilde, não ostenta lábios carnudos, nem seios desenvolvidos, apenas linhas contornam seu corpo, os olhos são pequenos e levemente puxados, o nariz afilado e os braços magros; não existe cintura e as coxas não possuem carne , mas altura.

Eu sendo uma boa observadora, descobri a única criatura neste mundo que é capaz de tirar Liliam de seu equilíbrio austral. Uma criatura igualmente bela à Liliam, forte e impenetrável. Posso dizer que é um homem bom e valente, ele seria um par perfeito numa dança com Liliam.

Quando este homem aparece na porta da sala de dança e vê Liliam dançando perfeitamente, costuma abrir um sorriso fechado e seus olhos assumem uma admiração imensa. Se Liliam percebe seu admirador ali perto, perde totalmente sua concentração e erra todos os passos, grita de raiva por seus erros e não dança como sempre dançou, fica tímida de abrir suas asas.

Adultos brincam como crianças

Obrigações e responsabilidades, questões dolorosas para todo ser humano. Por que vivemos nesse sistema de produzir e comprar? Por que esquecer que pessoas ainda têm sentimento, que necessitam de companhia mais do que tudo e que nossas atividades profissionais não valem nada? Eu vejo o mundo de hoje como uma brincadeira de criança, quando as meninas fingem ser donas de casa e os meninos fingem tratar de negócios importantes,ou quando as crianças pegam todos os seus bonecos os manipulam e imitam a vida de seus pais, ou as novelas que passam na televisão. É desnecessário existir as profissões de hoje, que apenas mexem com papel e computador, o homem não sabe mais correr de um perigo, tem medo de seres pequenos, não sabe fazer fogo natural, é incapaz de viver num lugar simples, não se contenta com a estabilidade da família, precisa ser o melhor, satisfazer suas necessidades supérfluas; a mulher atual não quer saber de tecer roupas, pegar os frutos do pomar ou contar lendas às crianças, não valoriza mais a presença de seu companheiro, quer ser melhor do que ele, quer sair de casa e esquecer da família "não quero ficar presa aos filhos", algumas dizem; as crianças da nossa geração não sabem brincar na areia, têm medo de insetos, choram por qualquer bobagem, não sabem o valor da vida pois são educadas como se fossem incapazez de pensar, assimilar o que é certo e o que é errado.
Posso dizer que minha vida hoje é bem diferente da comum, tento mudar os valores das pessoas, dizer à elas que as músicas que ouvem não são arte, que os produtos que compram não são naturais, que o desperdício de tempo é grande e que devemos aproveitar ao máximo nossa existência aqui na Terra, e a melhor forma pra isso é ser sempre humano, viver em comunidade, trabalhar para o sustento de todos, habitar na natureza e respirar ar puro, utilizar o que a natureza tem a oferecer para objetivos reais, não artificiais.
O ser humano de hoje se esquece de onde veio, do lugar onde vive e da beleza do mundo, que proporciona tudo o que ele necessita. Ele quer fazer parte dessa vida criada para ser o melhor, o mais inteligente, o mais bonito e o mais rico, ele quer fumar, beber, aparecer na Tv, cantar besteiras, saber das fofocas, xingar, falar da vida dos outros, concluindo, o ser humano não quer ser ele mesmo.

Fase ou personalidade ?


Não sei se é só fase ou se sou eu mesma. Minhas atitudes às vezes se contrapõem com a minha essência e faço coisas que eu não gosto de fazer. Parece que todos os sentimentos se reúnem e preparam um plano para me enlouquecer, mudar minha forma de pensar ou só por maldade. Eu era tão centrada e de bem com a vida, não tinha preocupações e o amor só existia entre os adultos, mas agora que sou moça, tenho que estudar e me preocupar com as minhas atitudes, só para não ser rejeitada pela sociedade, ser classificada como jovem vagabunda ou sem futuro; pessoas que influenciam seus pensamentos e te criticam por puro preconceito, têm esse pré pensamento de você e te idealizam do que jeito que bem entendem. Tento não ligar para esse mundo, mas é difícil não ligar sem cortar laços sociais, se você não se importa com o que os outros dizem você já não faz parte daquele grupo e, consequentemente, se afasta dessas pessoas que te fazem mal, a maioria que conhece. Sendo assim, você fica sozinho e apenas vive no seu mundo, (digo que sou autista por esse motivo) e não mantém mais nenhuma relação até que apareça a criatura do destino de todos, a pessoa que sempre aparece na vida de cada um, para confortá-lo nesse momento de solidão e te acompanhar para sempre, mesmo que esse para sempre tenha um fim.
Até a minha criatura chegar, continuo aqui, sofrendo convulsões, minhas atitudes involuntárias me guiando até que essa fase ou posso dizer, minha personalidade tenham um fim.


A velhice de Tutuca como aprendizado

Já faz duas semanas que minha filha, aliás, minha gata, dorme na cadeira da sala. Ela só sai de lá pra comer e fazer suas necessidades, isso não se deve nem pelo fato de ela ser velha, pois ainda que raramente, ela corre no quintal pra pegar as borboletas ou briga com o seu filho. Pelo o que me lembro, peguei Tutuca no ano de 2001, meu primeiro ano nessa cidade. Foi numa noite, estava eu e meu amigo vizinho brincando na rua, quando ouvimos uns miados finos lá longe, paramos a brincadeira e seguimos os gemidos e paramos num terreno baldio, e lá estava um filhotinho de gato, pequeno e magro, de cor cinza e preta, tão linda era minha gatinha.
Desde àquela noite eu cuido de Tutuca todos os dias, ela já teve pulga, já fugiu e me arranhou no rosto, mas isso tudo faz parte da vida, quando alguém cuido de outro alguém, mesmo esse alguém sendo um animal.
Tutuca tem 9 anos e os sintomas da velhice já são evidentes em seu corpo e atividades. Por ter fugido, Tutuca engravidou na rua e teve três filhos: Cinzinha, Neve e Mel. Cinzinha morreu de doença 1 ano depois de nascer, Mel foi morta por algum idiota da rua e apareceu na calçada de minha casa molhada e sem vida, mas ela pelo menos tinha vivido 7 anos conosco, Neve ainda vive e é o filho mais dengoso de Tutuca, seu nome refere-se à sua pelagem branca e alva, o albino da família de genes recessivos. Devido à gravidez, Tutuca hoje tem o corpo grande e claro é gorda, e olhando para ela penso em como será o meu futuro, seria igual ao dela? Eu penso em formar uma família, e claro ter meus filhos, mas eu não quero estar como minha gata está hoje, eu sei que essa comparação é estranha mas parece relevante ao se aplicar à mim, já que sou tão ligada à vida de meus gatinhos. Tutuca é como uma senhora, ela pula para a cadeira, olha pra a o quintal e fecha os olhos para começar a dormir, mais uma vez, e ao ver essa cena repetidas vezes, todos os dias, sinto como se minha gata estivesse apenas esperando algo acontecer ou nada, talvez, e espera dormindo, ela parece compassiva com tudo o que a cerca, não aspira para correr ou pular os muros de casa em busca de aventura, não quer brincar com a bola de lã nem cheirar Neve. Tutuca parece mais uma dessas velhas esquecidas da vida, que só suspiram e suspiram e depois dormem. Eu respeito a vontade da velha gata, mas confesso que não aguentaria ser como ela é hoje, pelo menos não dormiria o dia inteiro. Pensando dessa maneira acho que estou exagerando um pouco até, ela é diferente de mim e a vida dela não foi e nem é igual à minha, não posso me basear na vida dos outros, tenho que formar a minha e suportar o rumo que ela me der, isso depende de mim.

p.s. talvez eu poste uma foto de minha gatinha aqui

sábado, 21 de agosto de 2010

A menina ruiva com o buquê de rosas


Ele saiu da sala e foi correndo para o pavilhão. Estava cheio de gente que não conhecia, a maioria. Sua visão cheia daqueles uniformes brancos cotidianos de toda manhã, já não aguentava mais. As mesmas pessoas, mesma sala de quatro paredes sujas, os mesmos livros chatos e o conformismo de sempre. Sua mente gritava por ambientes novos, queria sair daquela escola e apenas dormir nas ruas,sentir frio e correr riscos, conhecer gente diferente daquela, ter uma nova vida, mesmo que fosse uma pior.
Já sentado na cadeira, o guri assistiu em silêncio a palestra sobre educação. Ele não acreditava mais na educação, na família nem na sociedade; já na acreditava em si mesmo.
Duas horas de passaram e a palestra entediante acabara, finalmente o menino pôde sair daquele lugar e ir direto pra casa, fugir dali e se refugiar no seu mundo. Andando a passos rápidos , percorrendo todo o pavilhão, o menino olhava para o chão sem levantar a cabeça por um segundo sequer. O chão cinza de repente tornou-se vermelho, uma pétala de rosa caída ali naquela fumaça sólida, sozinha. O menino agachou e pegou aquela pétala com uma mão e a envolveu com as duas, formando uma concha. Ao se levantar, olhou para frente e encontrou sentada, uma menina ruiva, pele clara quase um gelo seco, altura mediana, os braços finos mas o tronco largo. Segurava um buquê de rosas, envolvia-o com carinho, deve ser de alguém especial. O menino paralisou, seus olhos não piscavam, apenas queria ver aquela imagem tão colorida. Ver essa mistura de cores, laranja, vermelho, rosa e branco. Cores que não tinha oportunidade de ver, de tocar com os olhos, cores que não coloriam sua vida cinzenta, preta e branca.
Tomou iniciativa e andou vagarosamente para a direção da ruiva, seus passos não denunciaram sua presença e a menina ainda distraída não percebeu aquele menino na sua frente. O garoto subiu a mão com a pétala e a pôs na altura do rosto da menina. Por reflexo, os olhos mel viraram-se para aquele movimento estranho e hesitaram um pouco, mas aquele menino estranho tornou-se agradável e nasceu um sorriso em sua boca vermelha. O menino retribuiu o sorriso e não esqueceu mais daquele dia colorido.

Inglês

O inglês é uma língua tão prática! Talvez seja por isso a principal no mundo, onde todos devem saber falar essa língua tão completa. Digo completa porque ela tem tudo que uma língua deve ter.
Eu adoro a pronúncia das palavras, do "r" forte ou de um "a" com som de "ei". Se compararmos a língua inglesa com a portuguesa com certeza concluiremos que o inglês é bem mais divertido que português.
No inglês não existem verbos para conjugar em cada tempo, apenas os regulares e irregulares. Se queres fazer uma pergunta, acrescente o "do" ou o "did" se for no passado. Para responder apenas diga, "I don't" ou "I didn't, se quiser negar. Se precisar expressar emoções ou deslumbramento, você não precisará pensar quais palavras mais se encaixam para o que você quer dizer, no inglês existem poucas palavras que têm muitos significados. Diga apenas "I love you to", e tudo ficará entendido. E em apenas poucas palavras você vive trocando informações com outras pessoas, não precisa dessa complexidade toda que a língua portuguesa tem para abrigar um número incontável de palavras que expressem a mesma coisa, só com diferentes detalhes.
Por isso o inglês me fascina tanto, é simples, humilde na organização das frases, sincero e direto, sem complexidade verbal.

Erros necessários

Cheguei a conclusão de que o erro é necessário à vida. Se não fosse a imperfeição em tudo, o que seria da valorização da perfeição. Mas mudando de assunto, quero debater sobre o significado da palavra perfeição.
O que seria propriamente a perfeição? Seria tudo na mais bela alegria, a pura e fantástica beleza de tudo? Seria não haver furacões, enchentes ou incêndios? Seria a inexistência da violência e das drogas? O que seria perfeição? Dependendo do que você queira que seja perfeito, existiria essas perguntas e você as responderia de forma automática: " Tudo seria felicidade e teria beleza, todos os seres humanos seriam como deuses em sua infinitude e da Terra não brotariam todos os males da natureza e os humanos e animais viveriam na mais perfeita amizade." Seria isso mesmo?
E se fosse? O equilíbrio tomaria o mundo e nada sairia do lugar. Você não sentiria dor. Tudo seria belo, sem reclamações. Avalie esse cenário.
Avaliei e senti que seria uma chatice viver no mundo. É como se fosse a Lei de Murphy, se deu errado era por que tinha que dar errado. Se não houvesse os desintendimentos entre as pessoas, que seriam das novas descobertas? E se não fossem as guerras, não saberíamos quem era o mocinho e o vilão da história. Sem os acidentes diários não guardaríamos as cicatrizes e não sentiríamos saudades da infância, tempo cheio de acidentes. Se não houvesse traição que seria das novelas e estórias, que entretem tanto a humanidade.
Finalmente, viveríamos num mundo, na verdade, imperfeito, pois até a perfeição comete erros.

Contar um pensamento


E se eu não devesse contar o que sei para as pessoas? Seria relevante para elas? A situação iria mudar? Às vezes me silencio e apenas observo as atitudes das pessoas, como elas são tão vulneráveis à qualquer coisa que aconteça com elas. Mudam de opinião a todo momento, e mesmo assim, defendem seus valores "eternos": "Ah, isso eu não aceito", ou "nunca irei acreditar nisso", até mesmo "nunca fiz isso e nunca farei". Somos tão previsíveis e nem sabemos disso. E alguns se aproveitam dessa previsibilidade humana e ganham a vida às custas de nós, se é que me entende. Estou tentando dizer que, um oportunista usa você e brinca com seus valores e sentimentos, para que no final ele ganhe alguma coisa com isso e para que você, certamente, saia perdendo tudo. Não querendo ser conformista, afirmo com todas as minhas forças e palavras que a vida, é assim. Tem as pessoas que te usam, as que são usadas, outras nem se dão conta do que estão fazendo ou estão sofrendo, falando assim parece que nada mais vale a pena, não é? que todas as nossas relações não são mais do que impulsos egoístas, mas não, eu que mostrei o problema , também mostro a explicação e logo a solução.
A explicação para esse "problema" humano é simples: sobrevivência. A mentira, as trapaças, as falsas amizades ou namoros, a falta de atenção e altruísmo se devem ao fato de que todos, eu digo todos os seres humanos dotados de razão (não tão razão assim), precisam enganar sua presa para se beneficiar mais tarde. Não importa o sentimento e os princípios, o que fala mais alto é a sua sobrevivência às custas da desgraça dos outros. Desde que o homem existe, sempre existiu a disputa pelo melhor território para morar, pela comida, pela mulher. Hoje a disputa se resume ao seu grau de conhecimento, você obrigatoriamente precisa ser o mais inteligente, preciso e menos ocioso possível, precisa ser hábil, lógico, saber exatamente tudo sobre o mundo e se puder sobre os outros planetas. Na verdade, o homem atual precisa saber o que os outros querem que ele saiba. Você precisa aprender o que está nos livros, saber as fórmulas, os nomes de cada osso de um inseto ou a temperatura de um metal quando submerso em água. E ao alcançar o título de mais inteligente do país, você precisa ser o mais inteligente do mundo, e quando conseguir isso, eu presumo que você estará esgotado e vai querer morar num chalé, longe de toda a população que exigiu de você coisas que você não queria ter, ser ou fazer. Você foi alvo da influência de seu meio e agora perdeu toda sua individualidade, é um produto do meio.
Voltando aos caçadores,presas e questão de sobrevivência, digo que minha sugestão como solução para estes problemas, seria como nos meus sonhos. A humanidade chegaria ao seu limite. Pais matando filhos, animais extintos, ruas escuras e o céu preto de poluição. Com este cenário, eu aposto que um ser superior (eu creio que exista um), aparecerá na Terra e mudará toda essa situação num toque só. Viveríamos os "anos dourados" da história humana. Nossas mentes seriam puras, haveria apenas prazer e felicidade. O lugar onde habitaríamos poderia ser qualquer um, desde um cenário branco até num campo aberto cheio de árvores. Os animais poderiam falar, talvez. Ah, e nós poderíamos voar, a sensação seria não de liberdade, mas familiar, seria um dom natural.
Apenas um sonho, mais um pensamento. Se soubessem disso, a situação mudaria?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010




Sem palavras ao meio desses gritos baixos.

Música, Amigos e Amor

É possível definir o que a música produz no ser humano?
Não
Por que?
Porque não existem palavras precisas e verdadeira que possam expressar todo os sentimentos que temos e que surgem quando ouvimos música.
É possível viver sem amigos?
Não
Por que?
Eles são tudo no que acreditamos. É neles onde se encontram todas as respostas para nossas dúvidas humanas.
É possível viver sozinho?
Não
Por que?
Pois viver sozinho seria viver sem a música e sem os amigos. Você não criaria sentimentos e não os poria em prática. Sua vida não seria regida por um tom, e sim pelo silêncio. Suas ações não valeriam de nada, sem quem se beneficia-se ou prejudica-se através delas. Em resumo, você não saberia o que é o amor, esse sentimento que leva o ser humano a viver num filme feliz, com a melhor trilha sonora e com os melhores atores e atrizes de seu próprio roteiro.

Mídia e Amor

-Mídia de merda!
Esse é o meu maior pensamento hoje. Os fatos que aconteceram comigo e que acontecem só explicam mais ainda essa minha opinião.
Dia de sábado, o dia de descanso. Acordo e vou direto para a sala, a tv ja está ligada e para o meu súbito espanto, vejo minha irmã vendo programa de fofoca na tv, e logo de manhã. Que programa de fofoca vai ser transmitido de manhã? Que tipo de pessoas assistem à esses tipos de programa, e ainda no começo do dia? Isso não é normal, para uma pessoa em são consciência isso definitivamente não é normal. E pensar que existem pessoas que se submetem à isso, em acordar e sentar na poltrona e começar o seu dia vendo um program idiota de fofoca. Isso foi demais para mim, peguei o controle e desliguei a tv. Minha irmã olhou-me de um jeito rabugento e um minuto depois, os gritos chamando minha mão começaram a invadir os espaços da casa e eu fiquei ainda mais nervosa.
Expliquei à minha mãe o caso e o meu ódio por aqueles tipos de programa. Ninguém deveria assisti-los, não acrescenta em nada no conhecimento das pessoas, além de gastar seu tempo ouvindo a vida dos outros. "Mãe, nós não podemos deixar ela assistir isso, não é bom. Ela vai ficar idiota e sem nada na cabeça, apenas quem beijou quem ou a briga na balada entre dois famosos".
As pessoas definitivamente têm que acordar para a vida que hoje lhes é imposta. Esse estilo de vida capitalista e de valores invertidos estão cada vez mais mudando o mundo, girando ele de cabeça para baixo e consequentemente as pessoas também fica de ponta cabeça, deixando seus miolos dos lugares errados do cérebro.
Portanto, eu peço utopicamente (calma, modo de dizer) para as pessoas que vivem nessa Terra, vivam de modo mais simples, humilde, que não se deixem levar pelas apelações do capitalismo e pela moda fútil e sem benefícios que a mídia impõe. Lembre-se que nós somos os palhaços e os que estão no poder nos manipulam apenas com o objetivo de obterem as coisas boas para eles, nunca para nós.
Não sejamos mais burros do que já somos, não deixemos essas rédeas puxadas por nossos convivas, parte da mesma espécie, nos guiem. Nenhum ser humano pertence ao outro, apenas no amor, sentimento que vale mais do que tudo no mundo.

Homens


"Este é lindo"," Ele parece um príncipe, como no filme","Seus olhos parecem buracos, espere, apenas são escuros demais","Aqueles braços são rijos como madeira","Ele parece o menino que eu conheci na escola","Ele sim, é homem","Ah, é apenas um menino no corpo de velho","Que cabelos claros, parece um anjo","Este é o homem da minha vida". Esses e outros infinitos pensamentos vivem em minha mente todo o dia, ao por meus pés para fora de casa até chegar à ela, no meio da noite. O mundo lá fora é repleto de diamantes, diferentes diamantes nas cores e nas formas, que devem ser contemplados, pelo menos para mim. Essa beleza que enbebeda meus olhos quando ando pelas ruas cheias desses diamantes rijos e grandes, essa beleza masculina que me fascina e ao mesmo tempo me excita. Não é doença nem carência, não sou desse tipo de mulher que corre atrás dos homens por interesse, digo que é apenas admiração por eles. Existem os homens ignorantes e machistas, gays ou retardados, aqueles desempregados e depressivos, ou aqueles que vivem só na academia, não importa, para mim essa beleza masculina incrustada em cada homem é fascinante. Fascinante porque ela não só serve para se admirar, serve para dar proteção à mulher, confiança, alegria com um simples sorriso ou preocupação com um leve levantar de sobrancelha. Gestos mínimos que demonstram muito para nós, mulheres videntes, detalhistas. Essa beleza mostra em toda a sua forma, todos os sentimentos de um homem apenas com hábitos naturais e puros. Eles não precisam gritar e chorar, correr pela rua ou fingir. É um dom deles, ser assim tão natural e tão acolhedor.
Homens assim, todos são. Independem desses apelos sentimentais que aparecem nas novelas. São homens fortes, que lutam para te dar o melhor e te proteger de qualquer inimigo, até deles mesmos.

"Napolitano"

Napolitano
Quando você lê essa palavra, imagina o que?
Bem, eu, logo de cara, lembrei do sorvete napolitano, mas esse significado não se encaixava no contexto do conto que eu estava estudando. Então eu relacionei com alguma coisa relacionada à Napoleão Bonaparte, tipo alguma expressão ou até um projeto político ou militar, mas também não se encaixava no conto. Fiquei encafifada com essa maldita palavra, eu sempre lera ela e sempre ela tinha um significado sólido, mas dessa vez não. Não resisti e fui ao dicionário. "Napoleonismo, napoleonista, napolês" aha... Napolitano, achei. "Natural ou habitante de Nápoles, Itália", este é o significado da palavra e meu queixo caiu de saber que existem tantos significados para uma palavra, e de ainda pensar que existem tantas palavras para um significado. Isso explica o difícil aprendizado de língua portuguesa, aqui no Brasil.

Look at me, baby


Why you don't look at me?
Your head is hide to me
Your brown eyes are looking the ground
Why you don't look at me?

I need a answer now
But you just to wanna get down
Why be so shame, when the love comes to the end
And start a new circle to fall

Beside of you, my feet are beating
Waiting for a sinal
But your brown eyes just sit down
Looking the ground, just to see the fall

I beg you, stand your head
And direction it to my my face
The blue sky mix with the earth os your eyes
Will carry me to shine

Why you don't look at me?
I want to see you, my baby
Cause the is spinning
And I don't wanna be waiting

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Obrigações fúteis

Cansada de tudo! Eu certamente não sei o que eu quero ser, não sei a profissão, o lugar onde irei morar, ao lado de quem viverei ou que eu vou fazer pra mudar esse mundo. As exigências de hoje são tantas que deixam qualquer adolescente louco. Nós, adolescentes, não queremos saber de teste vocacional, de estudos prolongados e obrigatórios todos os dias, de fazer coisas que não nos agrade. Não que sejamos preguiçosos, não nunca, mas só queremos seguir o nosso rumo de forma tranquila, sem pressão. Ninguém aguenta pressão, principalmente jovens.
Digo isso porque minha vida é bem diferente de todo esse sistema, eu não sigo essa moda ou as decisões dos outros, vivo como uma nômade, mudo de opinião toda hora, aliás, todo minuto. Para mim é impossível ter que tomar decisões que tenham um peso grande em minhas costas e de que sei que eu não aguentar por muito tempo, e provavelmente mudarei de decisão e me arrependirei da decisão anterior. O ser humano é complexo demais para se auto-intitular, ele muda a todo segundo, impossível de se descrever. E isso não acontece só na adolescência, e sim em toda a vida, a única diferença é que quando se é criança você não liga para essas obrigações e não sabe nada sobre o mundo, e quando se é velho tem experiência demais para ser capaz de filosofar.

domingo, 15 de agosto de 2010


A única maneira de ser feliz (felicidade=momentos), é perto das pessoas. Apenas elas podem te proporcionar tudo o que você mais precisa.

O Jogo na areia

-Sai dessa porra, juiz safado!
A velha grita bem no meu ouvido e a multidão de pessoas olha para o local onde estou e começa a rir. E a velha começa a rir também, ri de seu próprio jeito de falar, os xingamentos cheios de palavrões. Eu ouço aquilo e acho engraçado também, ao mesmo tempo fico espantada com o comportamento daquela senhora, falando palavrões naquela idade e soltando gritos e gargalhadas no meio das pessoas, como se estivesse bêbada.
O jogo continua acirrado. Meu time cai deixa a bolar passar, perder chance de fazer gol, e ainda sofre falta das adversárias que mais parecem cavalos. A areia voa na cabeça de todas as jogadoras e entra em todos os buracos do corpo de cada uma, do nariz a boca, e os braços cobertos de areia, parecendo uma manga de blusa. O jogo mais parece uma pelada, pois todos riem das caídas e tropeçadas das outras e na verdade, ninguém se importou com o jogo, com exceção de meu técnico, que só faltou expulsar o juiz.
Segundo tempo do jogo. O mesmo time e eu ainda na reserva. Mais areia no ar e nada de gol, então o juiz decide mudar a jogada e me coloca no campo. Entro toda empolgada e com o objetivo de vingar minhas colegas que sofreram dolorosas faltas no primeiro tempo, tenho vontade de chutar a canela de cada uma e jogar areia na fuça delas, a raiva de vencer me dominava de tal forma que comecei a ter esses tipos de pensamentos. Mas para a felicidade de todos, nenhum dos meu pensamentos malignos se realizaram e eu me acalmei durante o jogo. Marquei uma, empurrei outra, dei um bicudo na bola que fez ela cair do outro lado da rua. Sofri muitas caídas e os malditos grãos de areia entraram em meu olhos e na minha boca, meu cabelo todo molhado e meu rosto brilhando no sol quente.
Finalmente o jogo acaba e vencemos de 4x1, um bom resultado para o dia das meninas e para mim. A viagem até Porto Velho teria que dar em alguma coisa boa, e deu. O barquinho em que o time viajou me deixou tonta e com vontade de vomitar, o sono me contagiava de tal forma que mal conseguia me manter sentada na cadeira do barco,e ainda consigo sentir o balanço do mar. O sol não estava bom hoje e me assou literalmente, até mudar meu branco lagartixa à um vermelho camarão, e falando em camarão, esse foi o meu almoço de hoje. Arroz, feijão, salada e...camarão, fazia muito tempo que eu não petiscava um camarãozinho e hoje tive essa oportunidade.
O sol já dizia adeus para mim e a lua foi trazendo sua escuridão e começara a anoitecer em Porto Velho, o barquinho chegaria em 15 minutos e já saíamos da casa de praia em direção ao porto. Em fila, nosso time avistou o barquinho e correu até ele, não se importando com as pedras e a terra do caminho que lhe machucavam os pés. Chegando lá, sentamos nas cadeiras de trás e começamos a discutir por todo o caminho a nossa experiência de hoje, o jogo, as conversas, as impressões de cada menino que encontramos, tudo o que passamos hoje.
Foi um dia longo e desgastante, mas a praia e aquele calor humano não foram ruins para mim, afinal faz parte de toda experiência humana, faz parte da vida. Fez parte do meu dia e do dia de todos que estiveram comigo, espero que ninguém se esqueça.

Meu Papai

Papai, por que me deixastes?
Já previa a dor que eu iria sentir?
De que eu iria viver sem ti?
E não aprender o que o senhor tem a me ensinar?

Por um tempo, a dor da saudade não me visitava
Eu andava pela costumeira calçada, lugar de nossas conversas
Você me contava de sua vida de marinheiro
E eu contava da minha de estudante

Tudo o que eu sei sobre a força, você me ensinou
Me empolgou em toda oportunidade, me apoiou
Pegava minha mão quando eu tropeçava
E dava um sorriso de leve, e me levava pra casa

Papai, meu lugar no mundo era ao seu lado
Protegida das coisas ruins, dos pesadelos, das pessoas que me magoavam
Era com você, papai, que eu podia conversar sobre coisas que hoje ninguém se interessa
Coisas que só pertenciam à mim e a você.

Mas hoje, minha vida não é mais assim
Meus pensamentos ficam guardados, pois ninguém quer ouvi-los
Discutir, rir, brigar comigo por causa deles
Você fugiu e me deixou aqui, pensando sozinha

E sozinha, comecei a pensar muito mais do que antes
Agora eu ando pela calçada e lembro do senhor
Navego de balsa e lembro-me das conversas em alto-mar
Olho para os meus desenhos feitos para você, e as cartas que não lhe mandei e choro

A saudade de hoje é bem mais forte do que a de anos atrás
Enquanto eu cresço a saudade me visita mais, a agenda fica lotada
A mente não aguenta mais de lembranças, do que poderia ser
Eu tomo mais consciência do que é o valor de um pai na vida de uma pessoa

Mas meu papai não está mais aqui
Ele fugiu há muito tempo, disse que voltaria
Não voltou, e minha vida fica a mesma, só que mais triste
Pois a saudade não é boa, e é pontual em suas visitas

Papai, você não vive mais
Não existe mais volta, a oportunidade se foi
E hoje você é só uma lembrança
Uma lembrança do que poderia ser.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

15+1


São 23h34min do dia 12 de agosto de 2010, um dia eu lerei este post e lembrarei deste dia como um dos melhores, inesquecíveis pode ser. É tão bom ser lembrada pelas pessoas que você gosta e até que você não sabia que gostavam de você, ouvir palavras boas e ver sorrisos sinceros e confesso, alguns falsos, mas ainda sim valem muito para mim, pelo menos como uma lembrança que eu quero que seja boa. É ótimo saber que eu vivo mais um ano de vida, neste mundo tão severo com as pessoas, eu sou gratificada por receber mais 365 dias de vida, de emoções, de ar para respirar o cheiro das pessoas, da natureza e dor amor que por mais que digamos que não exista, paira e voa por aí, sem que percebamos sua presença, mas sim o seu cheiro, sua essência. Não acredito em Deus, mas acredito em alguma coisa diferente ou igual à mim, que comanda ou só observa-nos de cima, ou de baixo, que planeja planos bons para a vida das pessoas ou arquiteta trágicos casos, que nos dão experiência para os outros que irão por vir.
Só agradeço por tudo o que eu tenho e por viver, sentir as pessoas, o espaço e o movimento de tudo o que rodeia perto e até longe de mim.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Na biblioteca

O menino das sardas saltitantes estava lá, na biblioteca. Fui tomada por uma pontada de medo ao vê-lo lá, tão perto de mim. E entre rápidas olhadas eu via ele em pé, procurando livros, seus olhos cor do céu correndo as prateleiras e seus dedos roçando as lombadas dos livros, alguns sujos de pó e que sujaram sua mão branca, tão branca para mim que um único grão de pó modificava toda aquela cor homogênea de sua pele.
Olhando sua silhueta ininterruptamente, de repente fui pega de surpresa pelos seus olhos que encontraram os meus por um milésimo de segundo, pois automaticamente meu olhar se dirigiu à outro ponto fixo, minhas mãos. Ele saiu do corredor de prateleiras e foi à mesa assinar o seu nome para levar um livro, acho que de física ou matemática, bem, ele sempre fora estudioso o meu menino. Vendo-o de costas mais uma vez deixou-me preparada para qualquer vacilo, mas eu queria muito aproveitar sua presença e novamente contornei todo o seu corpo, desde seus cabelos caramelados até os seus tênis rasgados.
Ele saiu da biblioteca, o sinal tocou em seguida, era hora de voltar a realidade e ir para a minha sala, assistir a mais uma aula chata. Mas eu sabia que não me importaria com mais nada aquela manhã, só lembraria do encontro de meus olhos com o céu incrustado nos dele, céu que inundou meu dia.

Você é como uma pedra

Você é como uma pedra

Sedimenta-se e fica pequena

Tem melhor movimento

E corre pela correnteza das águas

Pequena assim, passa por medo e tremores

Os arbustos tentam de pegar, mas você escapa

Os peixes tentam te engolir, mas não conseguem

E a viagem continua por todo o rio

Mais uma vez você se sedimenta

E fica mais pequena

Por isso pode correr mais, e é levada

Pela correnteza do rio até o mar

O nível final é alcançado

E os perigos do mar pretendem te expulsar de lá

Mas você permanece e fica

Sofrendo devagar

Os perigos são os mesmos, mas a intensidade é maior.

Com medo de tudo isso, você se esconde na terra.

E fica lá por muito tempo

Protegida dos perigos da vida em alto mar

Mas um dia você acorda

E decide sair daquele buraco

Aquele não era o seu lugar

E continua sua viagem no mar

Por sorte e com luta sai daquele lugar

E chega ao ponto em que partiu

Cansada da vida, descansa na terra.

De onde saiu

Experiência acumulou-se em você

E sua vida foi feita

Agora você faz parte de um grupo

De outras pedras cansadas

E ali fica parada

Sofrendo mais sedimentação

Mas não fica triste por isso

Pois sabe que de você uma nova pedra se formará.

O Jogo do Dia

Meu dia começou como qualquer outro da semana, acordar, se arrumar e ir a escola. O céu estava grave, a cor fumê indicando chuva, e justamente na saída de casa começou a chover forte. Cheguei à escola aos tropeços, toda molhada e ainda mais atrasada, e tive de esperar a segunda aula. No meio dos outros alunos também atrasados na entrada na escola, ouvi um murmúrio de que haveria a final do campeonato de futsal às 10h00min do dia, a grande final entre o time dos meninos da minha turma contra o time do 3°ano médio. Aquilo iluminou meu dia, eu torceria loucamente para os meus amigos e esqueceria de todo o chato cronograma da escola, além de não ter as três última aulas, que alívio.

O apito toca e vou correndo para o ginásio, carregando minha bolsa e quase escorregando no chão liso. Abro o portão e vejo a multidão de estudantes, à espera do começo do jogo, alguns sentados outros em pé e outros correndo pela quadra fazendo brincadeiras. O apito soa mais uma vez e agora sim o jogo começa. Os meninos de cada time tiveram calma e tocaram bem a bola, fazendo dribles maravilhosos e as entradas mortais. O jogo estava bem equilibrado no começo, mas a barca deslanchou quando Rafael da minha turma fez o primeiro gol da partida. Metade das pessoas pulou e gritou de alegria, e a outra metade ficou preocupada com a ofensiva. E mais uma vez a bola rola, só que de um minuto para outro a bola enche a rede do meu goleiro Lucas, e o jogo fica empatado.

O restante do primeiro tempo e do segundo foi recheado de cartões amarelos, faltas e...gols. Faltando cinco minutos para acabar, um menino do time adversário “sofre” falta e outro a paga com um chute direto, sem barreira no gol. Fiquei com muita raiva naquele momento, aquela falta fora pura encenação e por causa dela nosso time iria perder o jogo de 4 a 3. As minhas previsões se realizaram e a “falta” resultou no quarto gol do time adversário, que ganhou o primeiro campeonato de futsal da minha escola.

Acabado o jogo, as pessoas se dispersaram pelos corredores e pátios da escola e eu fui até o pavilhão e fiquei sentada lá, desconsolada ao ver meus amigos suados, machucados e tristes com aquele resultado. Eles deveriam ter ganhado, o jogo deles fora bem mais honesto e a qualidade de seus jogadores fora incomparável. Uma meia hora depois, a cerimônia de entrega do troféu aconteceu ali mesmo e para meu prazer, poucas palmas foram ouvidas, na verdade todo mundo sabia que o time dos meus amigos deveria ter ganhado aquele troféu.

Mas sabe o que aconteceu depois de tudo isso? Todos os meninos que participaram do campeonato saíram juntos da escola e foram para um bar da praia que fica ali perto, e comemoraram alegres suas derrotas e vitórias ao longo de todo esse tempo de campeonato. Ao ver isso, minha tristeza acabou naquele momento e fiquei feliz por tudo isso ter dado num final feliz.

sábado, 7 de agosto de 2010

Coisa de menina


Talvez a nossa ânsia de um amor repentino e doce nos deixa sensíveis demais. Ah e às vezes eu penso: como sou boba. Aliás, como nós, meninas, somos bobas. Gastamos nosso tempo precioso em pensamentos e sonhos que nunca acontecerão porque não prevemos o futuro e na verdade o criamos. Mas eu seu que isso é uma necessidade feminina, queremos um colo, uma proteção forte até paternal, queremos ser acolhidas num abraço forte, queremos ser aquecidas com o tocar de seus lábios em nosso rosto. Não devemos achar tudo isso só mais apenas um sonho, na verdade, isso acontece na vida real , só que mais intensamente.

Mas eu não vejo esse tipo de pensamento como uma coisa ruim e que nos iludi, vejo isso como um sonho bom de meninas que, um dia acontecerá na vida de cada uma delas, por mais que seja fantasia nossa.

Sono e sonhos

E eu acordo com sua imagem refletida no vidro da janela. Mais um sonho meu que quero lembrar e, não consigo. Meus esforços são inúteis, minha mente é mais forte que meu coração e quero enfartar, só de não poder te ver mais.
Parece que já nos separamos, mesmo nunca estando juntos. A sensação de estar ao seu lado é tão real que me esqueço que eu estou em mais um de meus sonhos, dormindo, os olhos fechados, pois as minhas pálpebras internas fixaram seu rosto e por isso relutam em não abrir. Mas o sol chega, sua luz espanta meu sonho e mais um dia começa, passa e volta ao mesmo lugar de onde eu acordei. Durmo e sonho mais uma vez, com você.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Wind of Love

Há cinco anos te conheço. Eu vejo você andando e passando por mim sem sequer notar minha presença, ou o meu novo penteado. Na sala ao lado, você estuda na 2° carteira à direta da janela de onde sai a luz que ilumina seu rosto, deixando mais branco do que já é, e suas sardas parecem saltar do rosto. E o seus olhos azuis da cor do céu, aquele tom clarinho mesclado com branco, me fascinam cada vez mais quando consigo encontrá-los e grava-los em minha mente até um certo tempo, depois preciso encontrá-los de novo, pois não posso esquecê-los por muito tempo.
Eu sei que é mais um desses amores platônicos e sei que nunca irá se realizar, mas todo esse sonho me deixa ainda mais apaixonada por você e aumenta meu sentimento de te ver todo dia. Esse sonho vai passar e nossas vidas irão se dividir, sem você saber.

Waiting forever?

I'm waiting for you, and waiting for you
I'm waiting for you, and waiting for you

Cry like a fool
Feel the tears; screem cause them
Cry for you
I don't wanna cry again.

Bad Friends


Às vezes nós pensamos que somos rodeados de amigos. Amigos em quem você acredita, confia r que nunca vai pensar que um dia te excluirão ou rejeitarão você por uma briga boba. Nos enganamos demais, e quando você percebe, seus amigos te abandonaram e te deixaram sozinho.
A tristeza que chega é mais pela decepção de ser enganada do que a própria solidão. As pessoas com quem viveu momentos bons, contou seus segredos e que sempre ajudou,apoiou, fogem de você e tudo o que aconteceu não vale mais nada para você.
Esse sentimento de traição é tão ruim. Ele mostra à você que todas as pessoas do mundo não valem mais nada, nem sua atenção ou seu amor. Sua visão de mundo agora é obscura, todos parecem assassinos de corações alheios e devem ser mortos. Ah, como eu queria que sofressem a mesma dor.
Talvez eles sejam assim por já nascerem com essa maldade no coração ou por já terem sofrido uma traição dessas. Mas não ligo da onde vem essas causas, eles me machucaram e isso não tem explicação.
Espero toda a dor do mundo para aquelas pessoas que me usaram e depois me jogaram fora. Não mereciam minha atenção. E agora elas começam a usar outras pessoas que irão se ferir, até mais do que eu, e guardarão todo o rancor que eu tenho hoje. E assim a vida corre, pessoas te farão felizes e te decepcionarão, acostuma!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Não se abale pelo fato de um dia ter demonstrado seus sentimentos para quem não soube valorizá-los, o que importa é que você soube assumi-los, sem medo. E essa pessoa um dia vai ver o que perdeu; as vezes, construímos pequenos sonhos em cima de grandes pessoas, mas com o tempo percebemos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas eram pequenas demais para eles.

Jensen Ackles


Minha inspiração. Vejo essa foto e crio muito mais. hahaha

Criança

Acorde a criança dentro de você
O tempo passou e você não vê
Que o melhor da vida
É amar a sua vida

Viva sem receios
Grite e corra
E exponha todos os seus anseios
Para o mundo, antes que morra

Veja o céu, e não as cinzas
Veja o mato, e não se espante com os insetos
Chore só de alegria
E viva em harmonia com a vida

Como uma criança arisca
Não tenha medo de correr
Cair e começar de novo
Pois na vida não podemos nos conter.

clichê de novo, mas saiu assim!

Neurônios repulsivos

O mau humor tomou conta de minha cabeça, desde manhã até agora, enquanto eu escrevo esse texto. Como é que isso acontece do nada comigo? Deve ser alguma parte do cérebro que, ao se ligar levanta todos os neurônios adormecidos, zangados por terem acordado cedo. E hoje, esses neurônios acompanharam todo o meu dia. Me ajudaram a responder às pessoas da minha turma, a rabiscar o caderno, a sair andando para a biblioteca e ficar lá até tocar, a não falar com ninguém durante o dia todo. Muito neurônios de minha cabeça, vocês tornaram o meu dia melhor do que já é.
¬¬