Carolina C.

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Sou influenciada a escrever por tudo o que ouço,toco,vejo,sinto e leio. E por lembranças também, portanto a autoria é das projeções do meu mundo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Amor é vida, em alemão.

Você volta?

E se eu te disser que preciso de você mais uma vez? Para todo o sempre, a todo segundo?
E se te disser que minha vida está uma merda? Que o mundo não é mais mundo?
E se eu te disser que nem a nossa lua mais existe? Nem a que a luz do sol mais me ilumina?
E se eu te disser que te amo mais que antes? Que meu coração vai explodir, se você não estiver aqui?

Tudo isso seria necessário? Você poderia dizer que não, todos os outros também.
Mas para mim é preciso. São essas perguntas que me detém...de fazer loucuras maiores na vida, além de te amar.

Mesmo que seja um sonho, eu luto.

Despedida com a solidão


Por mais que a solidão seja minha melhor amiga
Pois sempre está comigo
Preciso dizer que espere amiga
Não sei mais o que sinto

Eu sei, nossa amizade perdura há anos
Mas agora parece que o tempo mudou
Com ele chegou o verão
E foi-se o inverno

Você sabe, eu sempre gostei do seu frio
E dos momentos no vazio, mio
Mas já não quero mais me agasalhar
Quero o calor, me libertar

Isso não é uma despedida
Apenas um tempo
Peço que volte
Quando eu mais precisar pensar

Porque somente ao seu lado
Tenho tempo para me cuidar
Da mente, da emoção, da vida
Para me amar

Então, até logo solidão
Vou seguir novos caminhos
Arranjar novos amigos
Que eu sei, são seus inimigos

Mas não mudarei de lado
Apenas conhecerei o amor
Eu quero que ele esteja ao meu lado
Agora, nesse meu momento sem rancor

Eu sei que um dia tomarei as dores dessa minha aventura
E só você, solidão, estará ao meu lado
Por isso não vá para sempre
Pois preciso de você, para meus momentos vagos





Perda do inúltil

Essa tirinha me lembrou do passado. Não que isso acontecesse comigo, mas a opinião dos outros era mais importante que a minha. Minha aparência era dependente aos olhos dos outros, era o que eu pensava e acreditava cegamente. Hoje eu sei que, o interesse dos outros não é mais apenas minha aparência, eles têm a vida deles pra cuidar e o mundo não gira apenas ao meu redor. Então toda aquela importância que eu dava para os "pensamentos" dos outros ao me observarem, perdeu totalmente o valor, hoje. E sou como eles, não passo mais o meu tempo a falar sobre se este é feio, ou bonito, até porque não sou ninguém para definir o que é defeito ou qualidade se não fui eu quem criou os humanos. E com a perda do meu interesse por aparências, perdi também aquele comportamento que todos devem ter em sociedade. É, virei anarquista.

sábado, 23 de outubro de 2010

Respeitar enquanto não compreende


Já falei muito sobre mim. Me condeno egoísta demais, pois além de falar sobre mim, falo sobre outros da minha espécie. Ser humano tem essa mania de achar que ele é o centro do universo, que neste planeta ele é o mais importante e que tudo acontece apenas pela sua presença. Tento imaginar como deve ser a visão dos outros elementos que compõem o meu ambiente. Como a raposa me vê? Como ela vê o seu mundo? Tem objetivos? Filosofa como eu? Tem depressão como muitos de mim? Somos espécies diferentes, ela tem seus defeitos e eu os meus, como também ela tem suas qualidades e eu as minhas. Lá vai eu de novo me descrever como detentora de qualidades e defeitos... falar do que não é conhecido é assim mesmo. É um grande mistério que tentamos responder de acordo com que pensamos, de acordo com os nossos limites, e no final não vemos a verdadeira resposta desse mistério. Ah, e se só existisse um só mistério nesse mundo ilimitado de imprevisibilidades, como seria bom ter o poder de entender tudo o que é infinito de conhecimento.
Mas voltando, como deve ser a vida da raposa? Do passarinho? Do meu cachorro? Do urso polar? Nunca vou saber, é impossível, já sei. Já é difícil me entender, imagine os animais? Ou as flores e árvores? As pedras, o sol, as nuvens? Pra mim, tudo isso é um tipo de vida, que tem visões diferentes da minha e que vive completamente diferente de mim. Até melhor, eu acho, pois não participa de situações embaraçosas, não sentem dores...será? Nunca saberei. Tenho muita vontade de saber, só pra sentir o que outros seres sentem ( se é que sentem ) e entende-los. E enquanto eu não entendo-os, respeito-os.

Admiração dos erros

Admiro tudo. Preciso admirar, senão perco o sentido da vida. Já que não tenho religião, a minha missão sou eu quem decido aqui na Terra. É doloroso não saber o que devo fazer aqui, se é o correto que já faço, ou o que eu não fiz; mas de uma coisa tenho certeza, o que devo fazer é somente o que proporciona alívio às pessoas, tudo que passa o mal a elas é o que eu não devo fazer. É uma troca de favores, quase, porque se eu não te incomodo, você não me incomoda. Mas é assim que deve ser? Cada um do seu lado e que viva sua vida? Será que não pode existir mais aquela proximidade que todos têm, que devem ter, uns com os outros? Se Deus nos criou, ou se outra divindade teve essa vontade, eu creio que seja por um bom motivo. Além de existir um bom motivo para criar milhares de nós, seres humanos.
Não sei se sou apenas um brinquedo na mão dos outros, se estou sendo boba, idiota, deixando que os outros se "aproveitem" de mim, mas não posso mudar diante do que é por mim natural. Por mais que me xinguem, não consigo fazer com que minha raiva dure por muito tempo, esqueço e só. Faço isso porque quero, às vezes não podemos nos prender ao orgulho. Mas é claro que existem as excessões, em que a minha dignidade tem de ser preservada. Mesmo assim, na maioria dos casos compreendo tudo, todos os sentimentos de cada um, até porque sinto o mesmo que eles, sou igual em essência a eles. E a cada facada que levo, repito "Perdoe-os, eles não sabem o que fazem", e sorrio porque admiro cada vez mais o que tento entender.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Amigos em toda parte

Sou uma ciumenta declarada. Não é vergonha para mim, carência parece ser o meu primeiro nome. A solidão é a minha pior inimiga, ataco-a quando me sinto mais forte na presença de amigos, (pessoas, animais, objetos, paisagens) inúmeros tipos de amigos. A solução para evitar a solidão não está na companhia de alguém, e sim na nossa idealização do que significa estar acompanhado. Se necessitássemos apenas de pessoas, certamente a maioria da população não sobreviveria, porque todo mundo sabe que pessoas precisam ficar sozinhas e por isso algumas não aguentariam os limites do próximo e morreriam de tristeza. Um exemplo sou eu. Se eu apenas requisita-se a presença de pessoas para me sentir bem, na certa eu já estaria morta e nem teria a oportunidade de escrever isso daqui.
Apesar da minha solidão humana, convivo com vários amigos meus, imaginários ou não. Eles são tudo o que vejo e o que sinto; são objetos, lugares, árvores, água, vento, nuvem, a parede do meu quarto, o pente, a escova, o espelho (um dos meus amigos é eu mesma), praticamente tudo o que eu percebo. Na maior parte do dia eu fico sozinha, o que me sustenta é a presença das minhas coisas, das ondas do mar onde mergulho, da minha gatinha que mia quando passo, da televisão que me faz rir, das poesias que escrevo de vez em quando, do barulho do farfalhar de papéis na sala de aula, dos gritos das pessoas, da sensação de segurança, da sensação de insegurança, medo. Na verdade, sou feliz por presenciar todos os meus amigos, por senti-los, vê-los. Eles são totalmente parte de mim, o que nenhuma pessoa é capaz de ser.
Esse texto pode estar dizendo que sou auto suficiente, que posso viver sozinha, solteira e sem mais ninguém, mas não, isso não é verdade. Ainda sou humana e eletreficada negativamente, cheia de prótons que precisam dos seus nêutrons para me tornar completa.

Transforme o ruim em bom

Todos dizem que as experiências são boas na vida de alguém. Eu concordo, mas há um porém. Por quê então, a maioria das pessoas que passam por necessidades, tragédias, traumas não aprendem com sua dor e passam o resto da vida sentindo-a? São experiências pelo o que elas passam e mesmo assim não aprendem o significado delas. Isso significa que elas ainda não aderiram sabedoria o bastante para lhe dar com a dor. A maior luta de um ser humano é contra si mesmo, seus próprios medos, dores, pensamentos e, deve ser assim em toda sua vida, um aprendizado.
Para mim sábio é aquele que vê o mundo como apenas um lugar bom, onde tudo é normal, a morte e o nascimentos, as mudanças e a inércia. Sábio é aquele que compreende tudo, se conforma com o que é natural, que é tudo.
Se você quer ser sábio, aprenda com suas dores, transforme-as em armas que possam te proteger de novas desgraças e tragédias pois só assim você vai estar preparado para outras lutas. E lutará sozinho.

Dor física boa

Dor é tudo o que o seu humano não quer e evitar ter. Pode ser a dor da morte de alguém próximo, do arder dos dedos quando toca o fogo, de cabeça cheia de preocupações, da solidão...dor existe para tudo, mas ainda sim desejamos evitá-la, o que é quase impossível. Existem pessoas que gostam de sentir dor, pra algumas é revigorante pois acredita que expurga todos os seus pecados e defeitos, ou é só para sentir "prazer". Mas vejamos a dor de um modo diferente, no qual a maioria dos blogs pessoais não descreve: a dor física. Imagine se não possuísemos dor física, ou seja, sem dores de cabeça, estômago, unhas encravadas, estouro de espinhas, arrancamento de fios de cabelo, caída de dentes, ossos quebrados, pés torcidos...nosso corpo seria invencível. Os grandes causadores de nossas doenças silenciosas e dores deixariam de ser tão importantes, viveríamos sem ressentimentos e medo, já que não ficaríamos doentes de jeito nenhum.
Durante esse tempo sem dor, os humanos começariam a desvalorizar pelo o que não lutam mais, o próprio corpo. Já seria uma coisa tão comum e desvalorizada que ninguém mais ligaria pra o que acontecesse com os seus membros. E como o seu humano é capaz de tudo, simplesmente tudo por dinheiro, o que você espera que ele faria? Certamente venderia seus membros para poder se sustentar, faria trocas, aluguel, empréstimo, tudo. Além disso, lutaria com os outros sem ter medo de ficar aleijado, queimaria os dedos numa fogueira, ou se afogaria em bebida pelo resto do dia, tudo sem o medo de se perder no mundo da falta, da falta da perfeição que é o corpo humano.
E é imaginando esse sombrio futuro é que eu compreendo as dores físicas que o humano deve sentir. Tudo pelo que passamos tem um objetivo, um resultado.Tudo pelo que passamos serve de experiência, instala-se na mente e expõe como aviso de alerta a situações que já sabemos como lidar. É fácil escrever sobre a dor mas senti-la é bem diferente. Durante a minha vida tentei e tento compreender tudo o que acontece comigo, entender os fenômenos que todos acham ser estranhos mas que na verdade são todos naturais, pois acontecem aos nossos olhos, no nosso mundo. É uma forma de altruísmo, de compreensão que me esforço em criar em mim mesma para que eu possa continuar vivendo não em um mundo estranho, e sim natural em si, como eu.
E com a dor é a mesma coisa, e de tanto não sentir dor, futuramente, serei impenetrável, sábia, é o que eu desejo.

sábado, 16 de outubro de 2010

"Ria de mim quando eu disser que lhe amei e ria mais ainda quando eu disser que ainda lhe amo."

Amor não deve ser considerado bobo, estado de alucinação, e sim atitude instintiva.

Verdade escondida

O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.

- Clarice Lispector -

domingo, 10 de outubro de 2010

Quero estar com você nos momentos mais difíceis, aqueles em que é possível te decifrar ainda mais.

Texto imparcial

Em meus infinitos pensamentos imagino tudo o que você possa e não possa imaginar. São cenas, imagens, pessoas, viagens, sensações, visões...tudo o que o ser humano pode ter e criar. Mas é claro que todos os nossos pensamentos são influenciados pelo o que vivemos. Após ver um filme de terror, passo a viver a vida como se ela fosse obscura, selvagem e assustadora. Se leio algum livro com finais felizes demais, passo a acreditar que o meu fim também será bom. Se desenho algo interessante, glorifico minha capacidade artística. Se fracasso em contas de matemática, me declaro uma inútil. São esses acontecimentos de minha vida que definem as várias partes dela. Acho que sou não uma bipolar, mas uma milhionar pois mudo de personalidade a cada término de duração de uma de minhas fases, não me restrinjo e não me prendo à nenhuma de minhas atitudes que as pessoas têm como meu caráter. E tudo o que produzo, o que sai da minha mente, é resultado do que sinto, claro, salvo algumas exceções em que o aplico fingimento que sai de mim, e que forma minha casca protetora contra o comprometimento de meus sentimentos.
Ao ver uma imagem, deposito toda minha inteligência nela e decifro seus detalhes até entende-los da melhor forma possível, a minha. Ao observar as pessoas, guardo suas feições e atitudes, tento compreende-las e reafirmo ainda mais minha ignorância quanto à previsibilidade de cada um. O cenário de algum filme, qualquer que seja sua história, me passa a sensação de estar presenciando aquele ambiente e de ter que continuá-la em minha vida, ser o personagem.
É estranho como tudo isso tenha o poder de me influenciar mas é assim que eu vivo sem a companhia de pessoas. É sozinha que vivo tudo o que me interessa, vivo no meu mundo feito dos ingredientes que eu me delicio e faço o bolo que eu como todo dia.

My rockstar teacher

Who says? Oh, God
That a teacher would be my love
But a different and special man
He doesn't have an end

On the first day, he wore a black t-shirt
And his hair was so long, like a singer
You smile made me hurt
Because now I'm laced

When we collide our eyes
I just can smile for you
And you for me, no lies
But then my heart stay full of you

He is my compression
He is my rockstar fake
I want him more and more, but attention
But he is my dream, my only dream

I would go with you to everywhere
You can put me down, and my hand will hold your hand
You can put me high, I'll take you care
You have all of my forces

My stranger man
My great teacher
My oldest honest man
That I have met

Compreensão das circunstâncias

Eu compreendo
Eu me conformo
Eu entendo
Eu sempre volto

Eu sei dos limites
Mas não quero sabe-los
Eu quero o infinite
Dos ilimites, faze-los

Eu sei dos meus sentimentos
Mas não quero pensá-los
Precisam estar fora do meu entendimento
Sentimentos inalados

Eu já estou conformada
Eu já sei que você não é meu
Mas eu agora sei que nada
Vai mudar o meu eu

Eu, mergulhada na compreensão
Me satisfaço apenas com sua presença
Você está perto e quente no meu coração
Mas longe e frio, dentro da minha tristeza

Meu Herói

É uma pena não ter nascido em sua época. Eu veria o Lennon de perto, frequentemente. Ele e sua ideias seriam o assunto que eu mais discutiria, claro, reverenciando-o. Mas não nasci, infelizmente ou infelizmente. Infelizmente, porque eu não aguentaria saber que John, meu herói, caiu morto em 8 de dezembro de 1980, talvez eu queria ter 20 anos, uma boa idade para me conformar e aceitar a morte do homem mais famoso da época. Hoje eu me conformo, mas só que de uma forma mais distante; eu não sinto dor nem tristeza ao lembrar de John, só admiração. Eu não o conheci como minha mãe o conheceu, naquela época Lennon aparecia em todos os jornais e canais de televisão e minha mãe e todas as gerações vivenciaram a existência dele. Hoje, em minha infinita ignorância, apenas sei um pouco sobre sua vida conturbada e seu amor excessivo pela paz e pela única mulher de sua vida: Yoko Ono (que japonesa sorturda!).
Através de documentários, vídeos, matérias e pelo o que os antepassados dizem, John Lennon foi um homem pacifista, honesto, poeta, bom, profissional, desenhista, guitarrista, vocalista, carinhoso, fiel, perfeito...único. Posso compará-lo a Jesus Cristo? Às vezes penso que sim, pois John era um homem quase perfeito, quase por ainda ser um homem, mas em toda sua vida não encontro nenhuma maldade nem atitudes comprometedoras. Podem falar que ele usava drogas, era ateu, louco, preguiçoso... nada do que dizem muda minha opinião, afinal eu imagino John como meu herói, e herói não tem defeitos.
O que mais me encanta em John é a sua poesia. Em todas as sua músicas, Lennon expressa da forma mais pura e seca seus sentimentos e desejos, posso até dizer de uma forma infantil, sem ironias ou metáforas. Suas mensagens valem mais do que livros de auto-ajuda, conselhos ou normas de religião, são mensagens universais e que valem todo seu modo de vida pacífico e feliz.
Eu não tive o herói que todo mundo tem, e Lennon também não. Seu pai o abandonou com sua mãe e o meu também. Sua infância deve ter sido dolorosa pois não havia o melhor amigo que um garoto pode ter: o pai. Talvez Lennon não tivesse o herói que tanto queria, mas arrisco que tenha formado um na sua vida e o amado muito. E arrisco mais uma vez que esse herói, aliás, essa heroína tenha sido seu amor, Yoko Ono. Ao ver os vídeos em que Lennon está junto de Yoko, vejo o amor que ele tinha por essa mulher, um imenso e puro amor. John só tinha olhos para ela, não soltava seu corpo ou suas mãos, não aguentava, como ele próprio disse, ficar longe dela. Todo seu ausente amor materno e paterno, Lennon o sugou de Yoko, que tornou-se todo o seu porto de segurança, sua heroína. Como John, eu não tive herói nem heroína, mas formei o meu e hoje o tenho como o mais importante da minha vida e da humanidade. Suas músicas me inspiram em meus momentos mais inexplicáveis, sua carência é compatível a minha, seus ideias e modo de vida são todos corretos para mim. John Lennon, um herói que criei baseado em fatos e declarações de pessoas que o conheceram mais do que eu. Não tive a oportunidade de vivenciar a época em que viveu, mas tenho em mim sua essência e admiração.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dúvida que só eu sei me explicar


"Que é, pois, o tempo? Se ninguém me pergunta, eu o sei; se desejo explicar a quem o pergunta, não o sei"
Santo Agostinho


É assim que eu me sinto!

Amor comum, salvo raras exceções

-Será que ele me ama?
Essa pergunta mora na cabeça das mulheres, e porque não na dos homens. A dúvida que todos temos em relação ao parceiro é inevitável. Você quer acreditar que ele(a) te ama, mas sabe que o seu amor pode estar sendo desvalorizado, que o outro só está lhe usando. A dor de ser enganado(a) é uma das piores, porque você se sente depreciado, sente que seu amor, sacrifícios, tempo não valeram nada para o outro e nem para a duração do relacionamento. Depois de sentir tristeza, a raiva chega e toma conta de você e daí você fica louco(a) de vontade de passar a sua antiga dor para outra pessoa, para que ela saiba o que você sofreu e valorizar sua triste história. Alguns conseguem por seu plano em prática, outros não, e é assim que surge pessoas frias, tristes, com fobia de gente, de amor. Depois de uma tragédia, é comum a "vítima" classificar todos os outros como também causadores de dor, de outros representarem toda a maldade que você viu no seu único assassino. É esse preconceito que afasta as pessoas das outras, de não tentarem dar uma nova chance a si e ao outro, com medo de sofrer novamente. Mas como podemos querer evitar o sofrimento se todos nós somos imprevisíveis? Como fugir da dor se ela sempre vem de uma atitude nossa ou do outro, sem que desejássemos que acontecesse? A vida e os humanos são imprevisíveis; você não pode idealizar um futuro perfeito e acreditar que tudo vai dar certo e igual ao que você imaginou, porque não vai. E está aí o sentido de tudo. Se soubéssemos o que iria acontecer no futuro não teríamos a sensação de surpresa, não faríamos conclusões rápidas, nossas ações seriam programadas, nada instintivo e sim, calculado.
O amor tem suas surpresas, são delas que ele se consiste, sobrevive ou acaba. O amor é a atitude não pensada, emocional, sentimento que leva todos ao estado de puro prazer. Pode ser amor falso, platônico, intencional, atrativo, verdadeiro, submisso, estranho, sobrenatural...é tudo o que envolve prazer, sendo ele considerado verdadeiro ou não.
A vida passa, e o amor também, claro salvo rara exceções...raras.




Comportamentos naturais

Estudando sobre a Idade Média para a prova de história, li um quadro em que dizia sobre os costumes da nobreza daquela época. Os nobres, princesas, reis, condessas entre outros tinham hábitos considerados estranhos hoje em dia. Fiquei espantada quando li este quadro, nunca pensei que pessoas nobres pudessem ter costumes tão primitivos, semelhantes aos servos da época. Por exemplo, na hora de jantar toda a corte real sentava-se à mesa e para comer passavam um prato de sopa para todos beberem, sim, beberem do prato a sopa. Não existiam garfos nem facas naquela época, então para comer o faisão as mãos eram as que mais se sujavam, além de os próprios nobres serem "sujinhos" pois o banho não era tão frequente naquela época. Era moda raspar as sobrancelhas e ter testa grande, para isso, as mulheres usavam ingredientes como sulfureto de arsênico, cal, unguentos(cujo base é gordura), sangue de morcego, asas de abelhas, mercúrio e baba de lesma para depilar,polir e branquear a testa. Esses são alguns costumes que a nobreza tinha na Idade Média que me fizeram repensar o comportamento das pessoas medievais e das atuais.
Ao beberem do mesmo prato, as pessoas partilhavam sua comida e não tinham nenhum preconceito com a higiene do outro, como se diz hoje, não tinham frescuras. Comer com as mãos era normal, foi esse modo que o ser humano achou para poder se alimentar. Usar partes de animais no corpo em prol da beleza não era nada estranho, nenhuma mulher tinha nojo dos insetos da época, até porque eles eram mais vistos e numerosos. Na Idade Média as pessoas eram mais íntimas da outras, suportavam seus comportamentos, não tinham frescura com animais ou a própria sujeira, era uma sociedade bem mais interessada nos deveres do que no culto à beleza ou em ter o bom comportamento que temos hoje. É claro que havia o lado ruim, como ser devoto à Igreja e apenas exercer seus deveres dentro da sociedade mas, é evidente que os costumes da época estão em grande contraste com os de hoje por serem mais humanos, de os comportamentos das pessoas serem mais aceitos por sua normalidade e natureza.
Além disso, existia a valorização do amor e da mulher. O homem era submisso à mulher, devia cultuar sua beleza e importância para ele. O estado amoroso é uma espécie de estado de graça que enobrece a quem pratica, para os dois lados.
Pode ser que estes argumentos sejam enaltecedores à esta época de trevas, submissão e ignorância quanto aos conhecimentos gerais mas, para mim, tudo tem um lado bom. Os livros de história sempre mostram unicamente o lado ruim ou o lado bom da história de cada época, definindo-a como decadente ou gloriosa. Mas como podemos dizer que a Idade Média foi a Idade das Trevas, apenas por lermos pensamentos de historiadores que nem lá viveram? É claro que existe verdade nos relatos sobre a história do passado, mas sou cética quanto a algumas ideias discutidas hoje.
A conclusão de meu primeiro espanto e agora a minha compreensão sobre alguns costumes primitivos da Idade Média é que, antigamente, as pessoas eram mais humanas, viviam perto da natureza, criavam coisas, se dedicavam mais ao trabalho braçal, valorizavam o amor e suas provas, eram valentes e honrosos, tinham valores significativos, finalmente, eram mais normais, se é que posso dizer. Hoje, tudo é rápido e conectado à alguma força artificial. Parece que perdemos os verdadeiros comportamentos humanos, achamos tudo fora do comum, anormal quando nos deparamos a algo que consideramos fora das boas maneiras. Natureza hoje? Está morta, ninguém tem mais vontade de ver as borboletas voando, ouvir o barulho do rio e dos galhos quebrando, a chuva molhando os carvalhos...tudo perdeu o interesse e agora, o que importa, é o que não é da natureza, o que a polui e destrói: humanos artificiais.

Noivas Nervosas

Muito me interessaram essas esculturas de Jessica Harrison. Ela é inglesa e esculpe essas estranhas e sanguinárias noivas. E o interessante é que ela expressa a oposição de sentimentos em suas esculturas, noivas em seu momento feliz no casamento arrancando as tripas e cabeça pra fora. Não sei o que Harrison quer dizer com sua arte, na minha opinião ela tem algum trauma com matrimônios e quis mostrar o que faria se se casasse de novo.



domingo, 3 de outubro de 2010

Séculos: passado, presente e futuro

Quando leio contos europeus e orientais, aqueles cheios de guerras, fadas, espíritos malignos, donzelas, pobres, crianças e incontáveis personagens e lugares, materializo todo esse clima em minha mente e vejo que o passado é melhor que o presente. A vida tinha mais significado, as pessoas aproveitavam cada instante de suas vidas no contemplar da natureza, ou a própria avareza de cada uma seguia-se de pensamentos constantemente aguçados e inteligentes. Claro, havia todas as maldades da época; as pessoas de alto escalão cometiam barbaridades que muito raramente se cometem hoje. Mas maldades todos encontramos na vida, sejam elas dolorosas demais ou não, depende de nós a intensidade de cada dor. Deixando as mazelas de lado, gosto de imaginar o significado que o tempo tinhas para as pessoas. O tempo era lento, prazeroso às vezes. As sensações tinham um valor maior, eram calculadas em suas infinitas possibilidades de intenção. Cada sobrevivente era um investigador, não existiam coisas prontas para que ele tivesse o luxo de usar e não poder procurar por uma solução própria. Os séculos anteriores foram os séculos de descobertas, de trabalho investigativo, de história e por esses fatos, hoje, século XXI, não existe mais nada a se descobrir, acreditar, relevar... é o que parece. Posso estar errada, pois sou eu quem faço minha felicidade mas, penso que cada tempo que passa é um tempo que vai rápido, que não dá para aproveitar tudo isso, que já é pouco. Sim, posso estar errada, mas como desejo viver o passado, mesmo com todas as dificuldades.
Mas preciso confessar que tudo que escrevi aqui são suposições. Não sei exatamente como era o passado, não sei porque não vivi lá. Só posso dizer algo se tiver sentido esse algo, e nesse caso, não senti o tempo passado. Apesar disso, opino sobre o tema e acredito que o MEU passado é bom e que eu queria estar lá.
Já reclamando do presente, digo que tenho medo do futuro. Será que a terra do solo vai deixar de existir? O mato, mosquitos,a luz do sol penetrando a floresta...será que tudo o que restou hoje vai existir no futuro? Tenho medo do que o humano possa se transformar, ele poderá ser uma dessas máquinas incompreensíveis, mais incompreensíveis e imprevisíveis que os próprios humanos. Será que não seremos mais animais e sim seres inanimados? Desejo morrer antes que isso aconteça, já não aguento mais a artificialidade de hoje, tudo muito falso.
Tenho medo de viver o futuro programado e que todas as minhas imaginações sobre o passado não se realizem em minha consciência, que provavelmente será tomada pelo futuro certo.

Inanimada, sem sentimentos. Sentimentos levados...

Estagnada em minha inércia
Repouso em silêncio
Materializo as palavras
E falo comigo

De que valem meus sentimentos
Se os entreguei todos a você
Empurrei-os para minha fonte de vida
Onde eu sonhava que sobreviveriam

Minha cega confiança
Muito me doeu as córneas, chorei muito
Mas tento não me arrepender
Você, de alguma forma, mereceu meu amor

E por mais que todos digam que fui uma boba
Continuo a te amar
Você está longe
E meus sentimentos sobre a existência também

Escale - O Bom Pescador

Achei este vídeo num blog sobre cinema, (não lembro o nome) e achei ele lindo. É em aquerela, francês e é de uma história simples mas que encanta por ser banal e ao mesmo tempo verdadeira, sentimental.

Why you so serious? Versões do Coringa

Toda estória e história necessitam, como nós necessitamos do ar, de um ou mais vilões. Uns são violentos demais, gostam de sangue jorrando; outros são piores, apreciaram a tortura psicológica do mocinho. Posso dizer que o Coringa é mais que um vilão...é um amigo do Batman e de nós, espectadores. Coringa vê os acontecimentos da vida como se fossem obras belas, dignas de apreciação, mesmo se forem obras melancólica, afinal, todas são humanas, previsíveis. Coringa estudou-as e fez dela seu circo, de acordo com o que sente, mesmo sendo tragédias ou comédias.




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eu não quero perder o que sou hoje

Quero continuar a achar graça em tudo. Quero admirar o que os outros não veem. Quero não perder a simplicidade da vida. Quero fugir do mundo que todos conhecem, e sempre, sempre continuar a viver no meu.

Ouvinte desarmado

Eu preciso dizer algo
A alguém que saiba ouvir
calar
e assentir

Compreender, talvez
conhecer a minha vida, não precisa
apenas ouça
calado

Não se espante com as minhas injúrias
a vida é assim, cheia delas
criadas por mim
só pra ter do que reclamar

Preciso chorar?
Espero que sim
só assim eu consigo encostar
minha cabeça em seu peito ... ouvir o coração bater ... a vida continuar ... ao seu lado

ouvinte desarmado

Animais

Animais merecem viver mais do que os humanos!
Não sei se o que estou dizendo é mais uma tentativa de punição humana ou é uma verdade, mas para mim, os animais são os seres que não merecem viver no mesmo planeta que o homem.
Todas as espécies de animais seguem seus instintos, não raciocinam as causas e consequências de seus atos, eles vão e fazem! Eles sabem o que devem fazer na vida, não incomodam outros bichos que não sejam suas presas, mantêm o equilíbrio da beleza das cores e dos movimentos. Os animais não entristecem os outros, não causam dor no coração dos outros, não mentem, não xingam... bem, na verdade, eles fazem tudo isso, mas de uma forma sem intenção, por necessidade.
Agora nós, humanos, temos todas essas atitudes porque pensamos nelas, temos as possiblidades do sim e do não. Não vivemos de nós, vivemos dos outros. Nossos instintos considerados selvagens e estranhos estão presos, ninguém quer soltá-los com medo de os outros restantes não soltem também. É assim que nós vivemos, nessa prisão artificial de comportamento que não é animal, até parece que não somos animais!

Não sei

Eu não sei o que existe de melhor em mim. Gosto de fazer de tudo, desde ler até deitar no chão e imaginar cenas da vida. Não me especializei para uma carreira profissional, na verdade eu não me importo com isso, mas deveria!
O "não sei" faz parte de mim hoje. Antigamente, eu tinha tantas decisões, opiniões feitas e atitudes concretas, parecia que tudo estava no lugar certo, na hora certa e de que nada iria mudar. Mas mudou, não sou mais aquela criança que via o mundo com olhos pequenos demais para conhecer todas suas incógnitas dimensões. Era tão bom estar certa de si, de tomar atitudes sem prever as consequências, sair por ai de mãos dadas e não se intimidar com os olhares das pessoas. Hoje é diferente. É como se eu tivesse que me proteger de tudo o que me cerca, calcular as consequências, o que as pessoas vão achar, como vão me tratar. E o pior, todos essas ações diárias e tediosas são para o meu bem! Pelo menos o meu bem diante das outras pessoas.