Carolina C.

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Sou influenciada a escrever por tudo o que ouço,toco,vejo,sinto e leio. E por lembranças também, portanto a autoria é das projeções do meu mundo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Meu Herói

É uma pena não ter nascido em sua época. Eu veria o Lennon de perto, frequentemente. Ele e sua ideias seriam o assunto que eu mais discutiria, claro, reverenciando-o. Mas não nasci, infelizmente ou infelizmente. Infelizmente, porque eu não aguentaria saber que John, meu herói, caiu morto em 8 de dezembro de 1980, talvez eu queria ter 20 anos, uma boa idade para me conformar e aceitar a morte do homem mais famoso da época. Hoje eu me conformo, mas só que de uma forma mais distante; eu não sinto dor nem tristeza ao lembrar de John, só admiração. Eu não o conheci como minha mãe o conheceu, naquela época Lennon aparecia em todos os jornais e canais de televisão e minha mãe e todas as gerações vivenciaram a existência dele. Hoje, em minha infinita ignorância, apenas sei um pouco sobre sua vida conturbada e seu amor excessivo pela paz e pela única mulher de sua vida: Yoko Ono (que japonesa sorturda!).
Através de documentários, vídeos, matérias e pelo o que os antepassados dizem, John Lennon foi um homem pacifista, honesto, poeta, bom, profissional, desenhista, guitarrista, vocalista, carinhoso, fiel, perfeito...único. Posso compará-lo a Jesus Cristo? Às vezes penso que sim, pois John era um homem quase perfeito, quase por ainda ser um homem, mas em toda sua vida não encontro nenhuma maldade nem atitudes comprometedoras. Podem falar que ele usava drogas, era ateu, louco, preguiçoso... nada do que dizem muda minha opinião, afinal eu imagino John como meu herói, e herói não tem defeitos.
O que mais me encanta em John é a sua poesia. Em todas as sua músicas, Lennon expressa da forma mais pura e seca seus sentimentos e desejos, posso até dizer de uma forma infantil, sem ironias ou metáforas. Suas mensagens valem mais do que livros de auto-ajuda, conselhos ou normas de religião, são mensagens universais e que valem todo seu modo de vida pacífico e feliz.
Eu não tive o herói que todo mundo tem, e Lennon também não. Seu pai o abandonou com sua mãe e o meu também. Sua infância deve ter sido dolorosa pois não havia o melhor amigo que um garoto pode ter: o pai. Talvez Lennon não tivesse o herói que tanto queria, mas arrisco que tenha formado um na sua vida e o amado muito. E arrisco mais uma vez que esse herói, aliás, essa heroína tenha sido seu amor, Yoko Ono. Ao ver os vídeos em que Lennon está junto de Yoko, vejo o amor que ele tinha por essa mulher, um imenso e puro amor. John só tinha olhos para ela, não soltava seu corpo ou suas mãos, não aguentava, como ele próprio disse, ficar longe dela. Todo seu ausente amor materno e paterno, Lennon o sugou de Yoko, que tornou-se todo o seu porto de segurança, sua heroína. Como John, eu não tive herói nem heroína, mas formei o meu e hoje o tenho como o mais importante da minha vida e da humanidade. Suas músicas me inspiram em meus momentos mais inexplicáveis, sua carência é compatível a minha, seus ideias e modo de vida são todos corretos para mim. John Lennon, um herói que criei baseado em fatos e declarações de pessoas que o conheceram mais do que eu. Não tive a oportunidade de vivenciar a época em que viveu, mas tenho em mim sua essência e admiração.

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