Carolina C.

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Sou influenciada a escrever por tudo o que ouço,toco,vejo,sinto e leio. E por lembranças também, portanto a autoria é das projeções do meu mundo.

sábado, 23 de outubro de 2010

Respeitar enquanto não compreende


Já falei muito sobre mim. Me condeno egoísta demais, pois além de falar sobre mim, falo sobre outros da minha espécie. Ser humano tem essa mania de achar que ele é o centro do universo, que neste planeta ele é o mais importante e que tudo acontece apenas pela sua presença. Tento imaginar como deve ser a visão dos outros elementos que compõem o meu ambiente. Como a raposa me vê? Como ela vê o seu mundo? Tem objetivos? Filosofa como eu? Tem depressão como muitos de mim? Somos espécies diferentes, ela tem seus defeitos e eu os meus, como também ela tem suas qualidades e eu as minhas. Lá vai eu de novo me descrever como detentora de qualidades e defeitos... falar do que não é conhecido é assim mesmo. É um grande mistério que tentamos responder de acordo com que pensamos, de acordo com os nossos limites, e no final não vemos a verdadeira resposta desse mistério. Ah, e se só existisse um só mistério nesse mundo ilimitado de imprevisibilidades, como seria bom ter o poder de entender tudo o que é infinito de conhecimento.
Mas voltando, como deve ser a vida da raposa? Do passarinho? Do meu cachorro? Do urso polar? Nunca vou saber, é impossível, já sei. Já é difícil me entender, imagine os animais? Ou as flores e árvores? As pedras, o sol, as nuvens? Pra mim, tudo isso é um tipo de vida, que tem visões diferentes da minha e que vive completamente diferente de mim. Até melhor, eu acho, pois não participa de situações embaraçosas, não sentem dores...será? Nunca saberei. Tenho muita vontade de saber, só pra sentir o que outros seres sentem ( se é que sentem ) e entende-los. E enquanto eu não entendo-os, respeito-os.

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