Estamos nos tornando cada vez mais mecânicos, virtuais, irreais. Tudo que ainda existe está com o tempo contado para terminar. Os livros tornar-se-ão relíquias, artigos de museu. As grandes bibliotecas serão os mostruários imponentes de um passado não muito distante mas fatalmente ultrapassado. As leituras serão todas digitalizadas, assim como as lembranças e o contato com amigos e familiares. A convivência e a experiência das coisas no mundo real tendem a se extinguir no futuro que chega e o homem fica perdido em meio ao paradoxo em que se encontra: cada vez mais robotizado, ele não consegue se livrar de algo inerente ao ser humano, os sentimentos que lhe são intrínsecos.
O homem entrará em colapso com sua evolução desenfreada, em busca cada vez mais do impalpável, do fugaz, do nada. A nadificação toma conta de nossas vidas, enquanto o homem tem de aprender a futilizar seus sentimentos e aprender a ir contra sua natureza em prol do futuro. Seremos o reflexo de nós mesmos.
por: Ana
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