Carolina C.

Minha foto
Sou influenciada a escrever por tudo o que ouço,toco,vejo,sinto e leio. E por lembranças também, portanto a autoria é das projeções do meu mundo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Profissão?

Eu dou para psicóloga. Sou mais apta a ouvir do que falar. Acho que é altruísmo demais, porque quando discuto meus problemas é como se eu quisesse que o outro ficasse com pena, compreendesse, de forma obrigatória, e isso não me faz sentir bem, porque não gosto da dor do outros por minha causa. E também meus problemas não são tão significativos quanto os dos outros. E além do mais, sou capaz de resolver meus problemas sem a ajuda de remédios, livros, terapias ou pessoas, e por isso tenho que ajudar aquelas que são o oposto à mim.
Consideram mais fácil ouvir do que sentir, mas no meu caso é diferente. Quando ouço alguém, tento, o máximo possível, me imaginar naquela situação. Lembro das mesmas dores que já tive e as comparo com a do falante. E tudo isso é tão excitante, porque você pode ter a ilusão (talvez seja real, algumas vezes) de que compreende seu companheiro e que sabe o que fazer. Quando sinto a mesma sensação do outro, dou-lhe uma solução, imparcialmente, do que é melhor fazer. Ao dizer as palavras, preciso no tom de minha voz e nas feições de meu rosto; a voz tem de estar calma, mas atenciosa, e o rosto descansado, vidrado nos olhos do outro.
É raro eu dar conselhos, e para que eu ajude mais aos outros, me intrometo em suas vidas. Eu sei que elas vão saber porque faço isso, e que não o faço por interesse.
Assim é que eu tento mudar o mundo: mudando as pessoas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário