Carolina C.

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Sou influenciada a escrever por tudo o que ouço,toco,vejo,sinto e leio. E por lembranças também, portanto a autoria é das projeções do meu mundo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Incompreensão, causa da dor

Sempre pensei no sofrimento humano. Por que existe dor? Devo por a culpa em Deus, se eu nem mesmo nele acredito mais? E por que as pessoas julgam tanto as outras como fonte de sua miséria?

Não é assim que deve ser. Hoje eu reclamo da minha tristeza, de que ela foi causada por alguém. Amanhã esse alguém vai me culpar pela sua dor, e assim forma-se esse ciclo covarde de culpados e vítimas, que no final todos os são. Eu, culpada e vítima dos outros e de mim. Eu causo sofrimento e sofro. Então por que atribuir as minhas desgraças pelas atitudes dos outros? Eu também, se vermos por este ponto, sou culpada.

E nós somos tão incompreensíveis, até certo ponto, que qualquer falha em nosso emocional se devem ao outros, mesmo que os outros não tenham feito nada com a intenção de nos prejudicar. Por exemplo, uma mulher esbarra na outra, as duas se entreolham, uma pede desculpas, e depois seguem em frente. A mulher que foi esbarrada, sente ódio pela outra porque esta foi a causa de sua dor física, ela pensa que a outra teve a intenção de lhe bater. Meu pai viaja para outro país a procura de trabalho; não volta há anos, então nasce dentro de mim dor e ódio por ele por não me visitar mais, e eu nem sei porque ele não volta, mas mesmo assim atribuo minha dor à sua causa. E são essas incompatibilidades entre as pessoas, que causam a verdadeira dor. A causa de tudo é a incompreensão.

Eu já imaginei um mundo sem diferenças, guerra, inveja, sofrimento e tudo que é ruim. Mas nesses dias de sonhos, eu sempre acabava por concluir que isso é impossível, e até seria burrice se isso acontecesse. Se começácemos do zero, é certo que nasceria o primeiro assassinato, a primeira inveja, e a primeira dor, e esses sentimentos só cresceriam ao longo do tempo até chegar ao que sentimos hoje. Então, já que a religião verdadeira não existe, e se existisse todos a seguiriam, a minha existência aqui na Terra se resume na procura do prazer, da sensação máxima de felicidade, e para isso é necessário eu compreender o que sou e com quem eu vivo.

Um comentário:

  1. Muito bom esse texto!!sem querer ser narcisista, mas ja sendo, no meu blog vc encontrara algumas respostas desse texto http://marciocolli.blogspot.com/ bjos Marcio Colli

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